
Ajude-nos a contar as narrativas da nossa Lisboa
O Artéria nasceu para dar a conhecer o que de melhor podem as pessoas fazer pelos bairros, ruas e freguesias onde habitam, quando para tal se mobilizam. Mas também evocar memórias. Melhor: é feito pelos cidadãos, coordenados por um jornalista. Passados sete meses de...
Descoberta
A propósito da Lisboa “mediterrânica” de Orlando Ribeiro, um geógrafo do mundo
Fotografias: Fototeca do Centro de Estudos Geográficos - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território - Universidade de Lisboa Apaixonado por cidades, o leitor Vítor Oliveira Jorge escreve um longo e entusiasmado texto sobre o mais afamado dos geógrafos...
Um café adoçado com memórias
Um restaurante situado num grande centro comercial de Lisboa pode parecer lugar improvável para a realização de uma ação de cariz social. Mas esse é, precisamente, um dos pontos de encontro do Café Memória. Um projeto solidário destinado a ajudar pessoas com problemas de memória ou demência, bem como os respetivos familiares, amigos e cuidadores. Uma iniciativa baseada na participação de voluntários, dando assim uma resposta comunitária a um dos maiores problemas de saúde atuais. A chave é o poder da palavra e da empatia.
Neste ateliê, ser avó é sinónimo de criatividade
A Avó Veio Trabalhar é um projeto lisboeta que promove o envelhecimento ativo. Saindo do metro em Arroios, a caminhada é curta até à porta verde-água do número 10 do Largo Mendonça e Costa, junto à Rua Morais Soares. É a mais colorida. Lá dentro, trabalham avós, em coleções “fora da caixa” que são vendidas ao público nacional e internacional. Dos 65 aos 87 anos, com energia e afinco, há um sorriso no olhar de quem gosta daquilo que está a fazer.
O elegante silêncio das árvores de Lisboa (por entre o ruído e o betão)
Uma simples mas inteligente evocação fotográfica, e do respectivo enunciado, sobre a relação, nem sempre olhada com olhos de ver, que se estabelece entre as árvores da capital e o espaço urbano em que se inserem. Uma questão de perspectiva.
Cidade escrita: a Letreiro Galeria quer trazer de novo à luz os reclamos luminosos do passado
Na sua sempre culta e elegante escrita, Vítor Oliveira Jorge convida-nos desta vez a olharmos com atenção para os néons de estabelecimentos comerciais de Lisboa entretanto encerrados. Isto a propósito do trabalho de recolha e preservação feito por uma dupla de...
Voluntários do Artéria valorizam participação e relação directa com a comunidade
São diversas as ocupações profissionais de quem escreve no projecto de jornalismo comunitário sobre Lisboa, produzido pelo PÚBLICO, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Alguns até estão reformados. Mas todos são motivados pela vontade de estreitar laços e ajudar a contar as muitas narrativas da cidade. Ouvimos alguns deles.
Krisna congrega os moradores de Campolide com as suas fotografias na montra
Os retratos tirados com os clientes e expostos na loja de ferragens da Rua de Campolide funcionam como prova maior de carinho de e para com uma lojista. Na verdade, tem sido mais do que isso. O que começou como uma brincadeira tornou-se na mais evidente demonstração de que os laços de amizade e vizinhança são ainda o sedimento da vida de bairro. Basta um sorriso e a vontade de trocar dois dedos de conversa.
Comunidade
“Somos uma referência no trabalho com as comunidades migrantes”
Quase a comemorar 15 anos e quando passa uma década sobre a inauguração da sua sede e casa comunitária, a Associação Renovar a Mouraria (ARM) depara-se com desafios diferentes dos que a originaram. O bairro mudou muito. Elemento central no processo da sua reabilitação, o colectivo tem hoje a actividade centrada no apoio aos imigrantes. Uma parte dos quais até poderia ser mais aberta para com o resto da comunidade, admite Filipa Bolotinha, coordenadora geral da ARM. Mas a grande preocupação é mesmo a falta habitação a preços acessíveis. “As coisas estão a atingir um ponto que é completamente insustentável”, diz.
“Estão a criar-se novas dinâmicas na vida comunitária em Lisboa”
Observador atento das mudanças ocorridas, nas últimas décadas, na capital portuguesa, João Seixas considera que a sociedade e, em particular, o poder político têm evidenciado dificuldade em acompanhá-las. “A cidade pede, quase que grita, por novos modelos de desenvolvimento económico e ecológico”, diz o professor e investigador da Universidade Nova, salientando já não fazer sentido falar do “município central versus a periferia”. Lisboa é hoje toda a área metropolitana, com núcleos de dinamismo social, económico, cívico e cultural espalhados por vários concelhos e bairros. Por isso, afirma, “é essencial debater o que queremos para a cidade e para a grande região urbana”. Mais urgente só mesmo resolver o grave problema de falta de habitação acessível.
Perspectiva
Lisboa, sabes…Eu sei
Fotografias: Jarna Piippo Para uma jovem finlandesa estudante de língua e cultura portuguesa, a chegada a Lisboa, pela primeira vez, em 1986, deve ter sido uma experiência e tanto. Agora, aos 56 anos, Jarna Piippo, professora e tradutora a viver na sua Helsínquia...
Prazer! Olivais…e a menina chama-se?…
Ilustração: Adão Conde Um desfiar das memórias de adolescência de uma antiga habitante dos Olivais, uma das maiores – e talvez das mais esquecidas – freguesias da capital portuguesa, a funcionar também como viagem sentimental por uma certa Lisboa, durante os anos 80...
Viver Lisboa também a partir da sua periferia
"Saloias", por Silva Porto, 1870 (domínio público): https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Saloias_-_Silva_Porto.png Olhar para uma cidade de dimensão metropolitana implica fazê-lo também na relação com a sua periferia. Não só porque é através dela que o centro vai...
Cidade velha, ano novo e tudo igual
Tinta por uma linha. A décima terceira crónica de Francisco Mouta Rúbio, acompanhada pela ilustração do artista dualgo. 1. Lisboa, 1 de janeiro de 2062. Bons tempos os idos em que se dizia catástrofe e a cidade amparada neste oceano, mergulhada no próprio Tejo,...
Ajude-nos a contar as narrativas da nossa Lisboa
O Artéria nasceu para dar a conhecer o que de melhor podem as pessoas fazer pelos bairros, ruas e freguesias onde habitam, quando para tal se mobilizam. Mas também evocar memórias. Melhor: é feito pelos cidadãos, coordenados por um jornalista. Passados sete meses de...
Número três do Artéria em papel distribuído com o PÚBLICO este sábado
Com um total de 32 páginas, a nova edição do jornal comunitário de periodicidade bimestral terá em destaque os projectos dedicados ao consumo ético e sustentável que vão surgindo em Lisboa. Outra reportagem em evidência será a do imprescindível trabalho desenvolvido...
Iniciativas

Artéria ganha dois prémios de design no European Newspaper Award
O Artéria acaba de ver reconhecida a qualidade da sua concepção gráfica, ganhando dois prémios no European Newspaper Award, distinção máxima para o design da imprensa europeia. O jornal comunitário sobre a cidade de Lisboa, produzido pelo PÚBLICO com o apoio da Santa...

Aprender a mexer na terra e a plantar legumes no Bairro 2 de Maio
O vento frio e, a espaços, a chuva miudinha não foram suficientes para desmobilizarem a dezena de interessados que, na manhã deste sábado, se juntou no parque hortícola do Bairro 2 de Maio, na Ajuda. A sessão prática do workshop de agricultura urbana promovido pelo Artéria – projecto de jornalismo comunitário do PÚBLICO, apoiado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – revelou-se uma entusiástica jornada de aprendizagem e um abraço ao poder reconfortante do labor na terra. Durante três horas, e complementando o que se havia aprendido na sessão teórica de 3 de Dezembro, o monitor Sylvain Payon ensinou, através da demonstração, os rudimentos de como se deve trabalhar um terreno, limpando-o e preparando-o para o plantio de legumes e hortícolas. De seguida, os alunos – ou melhor, as alunas, pois contavam-se dez mulheres e uma criança – puderem experimentar como se semeiam alhos ou nabos. E, no final, ainda levaram chuchus e batatas doces. Ficou plantada a semente para voltar a mexer na terra.

Passear pela avenida com olhos e ouvidos postos na história
Apesar das nuvens cinzentas e do vento frio, a manhã deste sábado revelou-se bem simpática para quem se juntou ao passeio Artéria dedicado à Avenida da Liberdade. Guiada por Maria Calado, presidente da direcção do Centro Nacional de Cultura (CNC), a visita foi uma lição viva sobre a história, o urbanismo e a arquitectura do mais emblemático arruamento da capital portuguesa. Com uma duração de duas horas e meia, o périplo comentado conduziu os participantes num itinerário ascendente, entre a Praça dos Restauradores e a Praça do Marquês de Pombal. Pelo caminho, foram ouvindo as explicações serenas da historiadora sobre as origens e a evolução histórica “da Avenida”. O Artéria é o projecto de jornalismo comunitário sobre Lisboa produzido pelo PÚBLICO com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Viver melhor em Lisboa começa no questionar “esta correria” e em abrandar
No sexto debate Artéria, houve consenso sobre a necessidade de desacelerar. A ideia que sobrou da conversa, moderada por Manuel Carvalho, director do PÚBLICO, é a de que andam todos a queixar-se de falta de tempo e de stress a mais, mas ninguém sabe como sair desta espiral viciosa. Se é verdade que há questões estruturais, relacionadas com o acesso a coisas tão vitais como a habitação e os transportes, a mudança principal talvez deva iniciar-se por pôr em causa o que move cada pessoa. É mesmo isto que queremos?
Podcasts
Almirante Reis, uma avenida por cumprir, Episódio 1 “A Herança de António Costa”
De avenida conhecida pelas más razões, a multicultural Almirante Reis passou a ser, em dez anos, o centro cosmopolita e o laboratório vibrante dos desafios sociais de Lisboa. O Artéria desceu-a e auscultou-a. Um retrato em cinco episódios. Sempre à sexta-feira.
Almirante Reis, uma avenida por cumprir, Episódio 2 “Arrumar uma avenida”
De avenida conhecida pelas más razões, a multicultural Almirante Reis passou a ser, em dez anos, o centro cosmopolita e o laboratório vibrante dos desafios sociais de Lisboa. O Artéria desceu-a e auscultou-a. Um retrato em cinco episódios. Sempre à sexta-feira.
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