Durante décadas, gerações chegaram à capital em busca de melhores padrões de vida. Mas um número crescente de pessoas encara agora Lisboa como sinónimo de correria e de stress. E alguns até rumam a outros lugares à procura de “qualidade de vida”. Mas terá a vida numa grande cidade de ser assim? Há quem defenda caminhos diferentes. Vamos ouvi-los no sexto debate Artéria, a 30 de Novembro, pelas 15h, na sala de extracções da Lotaria Nacional. A entrada é livre. Mas pode assistir online na plataforma Ao Vivo do PÚBLICO.
Sabe-se bem que não há respostas simples para questões complexas. Ou, pelo menos, deve-se desconfiar delas. Mas é sempre desejável tentar encontrar caminhos que ajudem a descobrir soluções para problemas que afectam muita gente. Imbuídos de tal propósito, os convidados do próximo debate Artéria, a acontecer a 30 de Novembro, pelas 15h, na sala de extracções da Lotaria Nacional, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no Largo Trindade Coelho, sugerirão caminhos para uma dúvida a assolar cada vez mais pessoas: “É possível ter uma vida calma em Lisboa?”.
Moderada por Manuel Carvalho, director do PÚBLICO, a conversa contará com a participação de André Barata, filósofo e professor universitário, com obra publicada sobre o ritmo contemporâneo, Hans Eickhoff, membro da Cooperativa Rizoma e da equipa organizadora do Festival Umundu Lx, Sofia Pereira, presidente da direcção do Slow Movement Portugal, e Jorge Farelo, membro da Rede para o Decrescimento. Transmitido online na plataforma Ao Vivo do PÚBLICO (https://www.publico.pt/aovivo) e nas redes sociais do jornal, o debate pode ser também acompanhado presencialmente, desde que haja disponibilidade de lugares. Basta aparecer.
O tema insere-se no conjunto das actividades do Artéria tendentes a fortalecer o espírito comunitário em Lisboa. E a qualidade de vida é questão central. Já todos ouviram aquela narrativa, seja através de um conhecido ou de um amigo, ou até mesmo contada numa reportagem de jornal ou de televisão, de alguém que resolveu fazer um corte radical, sair de Lisboa e rumar ao campo. “Decidi mudar-me porque já não aguentava mais. Agora, tenho muito mais qualidade de vida”, ouve-se em jeito de refrão, justificando tal opção. Mas a confidência deixa muitos a pensar sobre, afinal, o que é isso da “qualidade de vida”.
Ora, era qualidade de vida, precisamente, o que procuravam as muitas gerações que, em vagas sucessivas, se mudaram para a maior cidade portuguesa. Impõe-se, então, questionar porque é que, para muita gente, o actual quotidiano da grande metrópole nacional passou a ser sinónimo de ânsia e desconforto. As grandes cidades sempre foram locais de correria – e a aceleração contemporânea veio agravá-la substancialmente. Mas há quem nos aponte para alternativas saudáveis. Como é o caso dos quatro convidados para o debate de 30 de Novembro. Todos defendem a existência de modelos alternativos para viver de forma sustentável e segundo um ritmo mais desacelerado.
O Artéria (arteria.publico.pt) é uma iniciativa do PÚBLICO apoiada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e ganha corpo através da participação voluntária dos cidadãos. Quem tiver interesse em participar, contando as histórias da sua Lisboa, deverá enviar um e-mail para arteria@publico.pt, indicando como pode ser útil ao projecto. Todos os e-mails serão respondidos.