Estão abertas, até 2 de Outubro, as inscrições para mais uma edição do Rise For Impact, programa destinado a quem queira ver apoiadas, e postas em prática, as suas ideias de inovação nas áreas social e da saúde. A iniciativa é promovida pela Casa do Impacto, o polo de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Distribuindo 10,5 mil euros pelos três vencedores, a anunciar em Junho de 2023, o programa de aceleração de negócios alinhados com os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas admitirá, numa fase inicial, três dezenas de projectos selecionados entre os inscritos. Ao todo, a quinta edição da iniciativa disponibilizará 40 mil euros.
Depois de um “bootcamp intensivo”, entre 14 e 16 de Outubro, onde se testarão os méritos das três dezenas de propostas seleccionadas, bem como as aptidões dos seus autores, serão escolhidas as dez consideradas mais promissoras para a fase seguinte, a de “aceleração” ou “capacitação”. Momento a partir do qual terão, durante um período de até três meses, formação e acesso a várias oportunidades de desenvolvimento oferecidas pela Casa do Impacto. Além de uma bolsa mensal de 691,7 euros, beneficiarão de formação, workshops, masterclasses e mentoria. O objectivo é, no fundo, estimular as capacidades dos modelos de negócio e a sustentabilidade dos projetos. Findo tal percurso, realizar-se-á aquilo que, vulgarmente, se chama um “pitch”, no qual os empreendedores defenderão ante um júri as potencialidades das suas ideias. Serão então escolhidos os três melhores planos.
Cada um deles receberá 1500 euros por passar à terceira e última fase -denominada de “incubação” -, na qual, a partir de 1 de Fevereiro de 2023 e nos quatro meses seguintes, receberão todo o apoio ao empreendedorismo social da Casa do Impacto. Isto inclui “um pacote de mentoria, horas de acompanhamento e acesso ao espaço de incubação”. Esta edição do Rise For Impact termina em Junho de 2023, com nova sessão de “pitch”, na qual se decidirá o grande vencedor do desafio. Atribuir-se-á então um prémio de três mil euros para o primeiro classificado, dois mil euros para o segundo e mil euros para o terceiro. É o momento alto da iniciativa, é certo, e o trio de projectos vencedores beneficiará de um acolhimento posterior na Casa do Impacto, na tentativa de que se autonomizem. Mas tal não significa menos atenção a todos os outros.
Na verdade, a ideia é não deixar cair nenhuma das boas ideias na área social e da saúde que se apresentem ao Rise For Impact. “Tentamos sempre encaminhar os projectos envolvidos e que não passam à fase seguinte para outros programas de incubação que temos”, garante ao Artéria Inês Sequeira, directora da Casa do Impacto, salientando a importância de se “criar uma comunidade em que as pessoas se apoiam”. E porque o foco está, precisamente, nas pessoas, a responsável destaca a importância do “bootcamp”, no qual se testará não só a qualidade das propostas mas também dos seus proponentes. “Nessa fase, dá para perceber o perfil das pessoas, para ver se têm o perfil certo, se são resilientes, se conseguem trabalhar em equipa e têm capacidade de adaptação”, explica.
A directora da Casa do Impacto lembra que, desde a sua criação, e ao longo de quatro anos, este programa já apoiou mais 120 projectos com impacto social, envolvendo duas centenas de empreendedores. O que se traduziu na oportunidade, em pelo menos uma fase do programa, de melhorar esses projetos, receber o apoio e os comentários de uma comunidade de fazedores com experiência, ter acesso a oportunidades de financiamento e estabelecer contactos com algumas das mais importantes organizações e personalidades do sector. De resto, na edição deste ano, os dez projectos que cheguem à fase de aceleração terão a possibilidade de entrarem em contacto com empresas e reunir com especialistas do sector.
Informações e inscrições: casadoimpacto.scml.pt/open-call/aceleracao/rise/