Foi uma pequena celebração do jornalismo de proximidade e da informação comunitária, mas também da cidade de Lisboa. A apresentação do Artéria, novo projecto de jornalismo comunitário do PÚBLICO, apoiado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, aconteceu na passada segunda-feira, 11 de Julho, no Palácio de São Roque. Contando com a presença do Provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, e do director do PÚBLICO, Manuel Carvalho, bem como do vice-presidente da autarquia lisboeta, Filipe Anacoreta Correia, a ocasião foi marcada por um debate sobre o estado do jornalismo local, com especial enfoque na capital, transmitido online através da plataforma Ao Vivo do jornal PÚBLICO.
A conversa, moderada por David Pontes, director-adjunto do PÚBLICO, contou com a presença de Samuel Alemão, coordenador do Artéria, de Catarina Carvalho, directora do sítio Mensagem de Lisboa, de Mário Rui André, director do sítio Lisboa para Pessoas, e de Ana Fernandes, editora da secção Local do PÚBLICO. E nela ficou clara a crescente importância do papel desempenhado pelos órgãos de comunicação social locais, numa época de profundas mudanças no sector, mas também de enormes alterações na vida das cidades, sobretudo com a crescente mobilização das pessoas em relação à resolução dos problemas que afectam as suas comunidades. Algo que tem muito que ver com a afirmação de novas formas de activismo e de cidadania participativa, potenciadas pelas redes sociais.
Após o debate, o director do PÚBLICO justificou a criação do Artéria com um sentimento misto de “dever e oportunidade”. “Sentimos que, nos últimos anos, para além da informação rigorosa que nos caracteriza, o serviço que o jornal presta à comunidade tinha de ter outras dimensões, associadas ao domínio da responsabilidade social”, afirmou Manuel Carvalho, referindo que este é o contributo do jornal no incentivo à participação dos cidadãos no espaço público. No mesmo sentido foram as palavras do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Este projecto tem tudo a ver connosco. A Santa Casa é, provavelmente, das instituições mais impregnadas na vida da cidade. E essa impregnação traz responsabilidades acrescidas”, frisou Edmundo Martinho. Já Anacoreta Correia salientou a importância da existência de órgãos de informação independentes e com abordagens diversificadas como demonstração de vitalidade da cidade.